À minha mãe, Nair Rossetto
Da janela
Transcendentalmente saem olhos
Aos quatro cantos da imaginação.
Dos olhos
Saem lágrimas
– não sei se é
Por nada entender
Ou por entender tudo.
A vida passa defronte à janela
E os olhos veem o mundo
Nas asas da imaginação.
E as pessoas que passam
Não veem a janela
E muito menos os olhos.
Da janela,
Retangularmente, ela vê o mundo:
Um mundo sem emoção.
Sofrendo por dentro
Só lhe abro e fecho a janela.
Como me dói o coração!
E de noite
(quando o mundo descansa)
Eu fecho a janela
E, por que não dizer,
Os olhos de minha mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário