" E a minha voz nascerá de novo,
talvez noutro tempo sem dores,
e nas alturas arderá de novo o meu coração
ardente e estrelado"
Pablo Neruda
Soltem as asas do povo
antes que não mais existam asas,
antes que não mais exista povo.
Deixem-nas à solta
para encontrarem o seu destino.
Deixem-nas ao vento
em busca do infinito:
- A liberdade.
As asas foram feitas pra voar.
Não há grandes asas
para um povo inócuo.
Não há grande povo
com asas frágeis.
O que eles querem
é um povo sem asas:
- Asas dos condores.
Marilia, 1980, em plena ditadura militar.
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