A ROSA DO FIM DO MUNDO ( CÂNTICOS PROFÉTICOS )

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

América















Sólo al poeta quieren dejarlo,
quíeren robarle su pirueta,
quíeren quitarle su salto mortal.

Pablo Neruda


Mirem-se nos condores – ainda há condores –
Nas geleiras, famintas pelo eterno, nos Andes.
Nesta perecível trajetória humana,
Que torna toda procura fugaz e engana.

Nos versos de Neruda ao Pacífico, a declamar:
Traz a fragrância do alto-mar,
Acalanta a pantera adormecida da alma
E espanta a inerente calma.

Quão frágeis são os rochedos da resistência
Esculpidos pelas truculentas ondas da História,
A seguir mares nunca antes desvendados
Sem os óbvios segredos decifrados.

Esse touro indomável, latente, do meu povo:
Acordarão os alquimistas para o novo.
Farão o antídoto, reinventando a alegria,
A liberdade nossa de cada dia.