A ROSA DO FIM DO MUNDO ( CÂNTICOS PROFÉTICOS )

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

AVATAR



 Ao Deus invisível



A rosa obsoleta deitada ao relento
Esquecida no obscuro reflexo
Do descaso humano inconsciente,
Onde um Ser onipresente
Saboreia o desatino viveres,
Maléficos, cotidianamente.

Oh! Gênesis do bruto destino
De todas as galáxias espalhadas
No firmamento de lamentos,
Impregnados pelo desejo:
Onde a escolha da sua travessia
Não passa mais do que um sonho.

Desesperados: como um sorriso de
Criança que tem ainda a crença
De estar, algum dia, ao lado
Do Criador, nos seus delírios, e
Segurar sua mão e sentir a brisa
Do eterno, acalantando a alma,


De esperança e alegria no futuro
De estar vivo em sua presença.
Contagiai-vos os pensamentos
Enchendo de cânticos o seu caminho
Triunfantes dos mistérios,
Neles estão guardados todas

As respostas: quando o seu filho
Primogênito indagar sobre a
Morte e a existência de Deus;
E ao enxugar-lhes as lágrimas:
– Lá você encontrará o seu peixinho Quilbert
O seu cãozinho Bob, papai e mamãe.






Meu filho, Leonardo Rossetto aos
4 anos de idade.
Dezembro de 2007.

Não temerei mais a morte.









" Nus, os mortos irão se confundir...
Com o homem no vento e a lua no poente;
Em suas mãos, a fé irá fender-se e duas,
E a morte não terá nenhum domínio..."

                                           Dylan Thomas







Vem meteórica, vem indolente:
Possuir cada instante roubado,
Desvendando todos os segredos...
Decifrado pelo seu eterno silêncio,
Como um ocaso que já se finda.

Vem misericórdia, vem triunfante,
Apocalíptica: sem sentir pena;
Deteriorando a matéria
Rompendo as fibras da carne
Expondo todas as suas nervuras.

Vem rutilante, Vem Armageddõn:
O buraco negro infinito, eterno,
Mistério elucidado irreversível.
Desmoronando a ponte única
Dos dias que nunca serão vividos.

Vem retumbante, vem piedosa:
Selar todas as dores e feridas;
Entorpecendo todas as veias,
Acalantando, ao ver o caminho:
Já enveredado pelos Entes queridos.