A ROSA DO FIM DO MUNDO ( CÂNTICOS PROFÉTICOS )

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FILHO DOS ASTROS...

































Não sou filho do homem
Em todos os planetas.

Sou filho do sol
De todas as constelações.

O germe do trigo
Florescendo sem medo.

Voo livre no horizonte

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A PROFECIA



           
                                                                         Pessoa



    


   


                                                                                                           

 Drummond                                                                                                                              Blake

                                                                 
                                                                     
                                                          


Não está morta a poesia,
Nem os cânticos proféticos do futuro.
E na argila donde moldaram nossa carne,
Ainda há o gene da matéria
Menos sórdida, menos bruta.
Acalentaremos o nosso por vir,
Mesmo com essa pouca visão,
Nesta dimensão submetida.
Ofuscarão nossas retinas
A verdade imaculada na vida,
Tornando claro o nosso existir.


















domingo, 30 de agosto de 2015

BALADA DO COSMOPOLITA
















Minha pátria...
São todas as pátrias.
A morada do sol
Nascente do arco-íris
De todas as cores, a girar,
Em torno de tudo.

Minha pátria...
São todas as pátrias.
De todas as crianças,
Brincando no firmamento,
Em todos os lugares
Sorrindo para o sempre.

Minha pátria...
São todas as pátrias.
De todos os povos:
Palestinos, Croatas,
Incas, Guaranis,
Curdos, Armênios...

Da flor, a flor...
Não desabrochou ainda,
De todas as cores
De todas as pétalas,
Das dores latentes
De todos os mundos.




Mapa do céu obtido pelo WMAP
Em 2003 o satélite WMAP fotografou o Universo
quando ainda um bebê de 380 mil anos de idade,
há cerca de 13,5 bilhões de anos. O Universo, desde
o Big Bang, tem 13,73 (mais ou menos 0,12) bilhões de anos.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Argonauta de mim...


















    Navegar é preciso... Viver não é preciso...

                                          Fernando Pessoa






Minha alma é um lago
Que nenhuma nau singra,
E a intenção de onda
Dispersou-se antes da vinga.

Tantas vezes fingi sentir
Fugir dos próprios sentimentos:
Os pensamentos que vem
Sem sentir pena de mim.

Queria eu ser uma nau
A singrar mares sem fim.
Argonauta solitário, a esperar:
Retardando a esmo o meu fim.

E no meu inquieto e saudoso peito,
Nasce uma tenra esperança, mas infinita...
De ter novamente a leve lembrança:
Terras distantes onde nunca estarei!

















Argonauta de mim...

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

O sol










Democraticamente... Aparece
Num céu anil, sem fronteiras,
Sem querer nada em troca.

No momento certo... Aparece
Como se soubesse
Que é indispensável na alma
E no metabolismo.

Transformou a noite em dia
E, como se não bastasse...
Fez de lambuja, depois da chuva,
Um arco-íris.

E a rosa
Que não queria abrir, abriu.
E o passarinho
Saiu do ninho cantarolando,
Partiu...

E o dia que era triste
Ficou alegre,
Apesar de tudo.

E o Sol
Ainda brilha,
Apesar de tudo.




imagem de explosões solares: