A ROSA DO FIM DO MUNDO ( CÂNTICOS PROFÉTICOS )

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Argonauta de mim...


















    Navegar é preciso... Viver não é preciso...

                                          Fernando Pessoa






Minha alma é um lago
Que nenhuma nau singra,
E a intenção de onda
Dispersou-se antes da vinga.

Tantas vezes fingi sentir
Fugir dos próprios sentimentos:
Os pensamentos que vem
Sem sentir pena de mim.

Queria eu ser uma nau
A singrar mares sem fim.
Argonauta solitário, a esperar:
Retardando a esmo o meu fim.

E no meu inquieto e saudoso peito,
Nasce uma tenra esperança, mas infinita...
De ter novamente a leve lembrança:
Terras distantes onde nunca estarei!

















Argonauta de mim...

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2 comentários:

  1. Querido Luiz,
    Só lendo este lindo poema, já me ajudou a ver que a vida merece ser vivida, mesmo havendo terremotos e maremotos, abalos sísmicos. Excelente!

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    Respostas
    1. Fico feliz e lisonjeado por poder desfrutar suas gentis palavras sobre os meus singelos versos inacabados bjs

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