A ROSA DO FIM DO MUNDO ( CÂNTICOS PROFÉTICOS )

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Argonauta de mim

















Minha alma é um lago
Que nenhuma nau singra
E a intenção de onda
Dispersou-se antes da vinga.




Tantas vezes fingi sentir
Fugir dos próprios sentimentos:
Os pensamentos que vem
Sem sentir pena de mim.


Queria eu ser uma nau
A singrar mares sem fim.
Argonauta solitário, a esperar:
Retardando a esmo o meu fim.












Outrora: deverasmente sonhei.


Tornei-me escravo de mim mesmo
E os sonhos, ficaram a esmo,
Sendo talvez, meros devaneios:
Ridículos, tolos pensamentos.

Onde só ficando a certeza:
Aqui só vale a esperteza...
Como este mundo sendo feito
Para calar o teimoso peito:

Longínqua e tênue esperança,
Tornando-se assim em descrença:
Aquilo que deveria ser a mais
Bela caminhada sem nenhuns ais.

Só ficando finalmente o ato:
Acabando de vez o abrupto
Espetáculo do firmamento,
Do contínuo descontentamento.

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